terça-feira, 25 de maio de 2010

Devagar se vai ao longe



Dêem-me só um minuto para respirar.

*Uuuf*

Ok. Depois da overdose hipster a que fui sujeito, só uma coisa a apontar dos XX: o hype é inteiramente justificado. Bandas com um tempo de vida tão curto como o deles não dão/não deviam ser capazes de dar um espectáculo ao nível do que apresentaram hoje na Aula Magna - para isso contribuiu em muito também o público que esgotou a sala e não parou de puxar e aplaudir pelos três miúdos. Grande jogo de luzes, grande prestação musical. Todos os concertos pop deviam ser assim.

Os Long Way To Alaska, que abriram, são portugueses e parecem ser bons rapazes. As canções situam-se algures entre a folk pastoral dos Fleet Foxes e o pós-rock; tocam poucos acordes mas enchem o mundo com eles. Porém, não se destacaram na noite de hoje, mesmo que tenham durado apenas vinte minutos. E se conseguem aborrecer alguém nesse período, é mau sinal. No myspace soam porreiro, though.

Um pano branco e o X no meio, e o público cruza os braços como num concerto de Xutos: não os vemos entrar, mas sabemos que estão lá mal começa Intro e aquela guitarra, aquela batida. Dão a cara enfim em Crystalized, que é grosso modo a sua filosofia de vida - GoOoOo sloooow... É redundante dizer que tocaram todos os êxitos quando no disco homónimo de estreia TODAS as canções são um êxito. Destaque maior para VCR, Heart Skipped A Beat e a fabulosa prestação de Shelter, que contou com um revivalismo trance lá pelo meio. Na primeira passagem por Portugal, o sentimento é unânime: já é um dos concertos do ano.

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