sábado, 8 de maio de 2010

Isto não é um post sobre música



Vinha na ideia de escrever um texto espectacular sobre o concerto à borla dos Deftones, mas por motivos de força maior (ler: trabalho) vou ter de me resguardar nos Poptones, isto é, num dos grupos que sem sombra de dúvida definiu aquilo que as enciclopédias chamam de pós-punk, e cujas canções não me têm saído da cabeça. O que não é bom sinal. Neurologistas, contactem-me. Espero porém que algum dos nossos novos amiguinhos tenha espalhado charme no Tivoli e nos agraciem com uma review de qualidade. Não é pedir muito. :*

Fale-se então da banda, perdão, da empresa. Os Sex Pistols eram demasiado infantis para si, mas não consegue deixar de amar o penteado de Mr. Rotten? Envie currículo. Ou ouça: a dedicatória a outro senhor recentemente falecido em Public Image é dos melhores momentos que o período punk oferece, isto se não contarmos com o filme porno de Lydia Lunch. Há, contudo, que saltar daqui e do primeiro álbum em que se insere, quando tudo era ainda uma brincadeira, para cairmos em Metal Box - que é como quem diz, em Albatross, Swan Lake/Death Disco, Poptones, Socialist, uma hora e trinta e poucos segundos do melhor baixo que vai alguma vez ouvir na sua vida. Jah abençoe Wobble. E se "música experimental" não é para si, das duas uma: ou pára de ser menor de idade ou aterra em This Is Not A Love Song (prenúncio de alguma coisa, Joãozinho?) e Rise, dois dos melhores hinos pop que os eighties ofereceram. Alienar os fãs originais? Qual quê.

Nenhum destes argumentos lhe serve, você que está infectado pela MTV? E se lhe disser que pessoal do mainstream como o fantástico baixista dos Red Hot adora-os? Também não? "São um bando de velhos"? True, true... não nego que fico com um gostinho amargo na boa quando vejo vídeos da reunião, o mesmo gosto que tive em Paredes 2008. Não há crise. Ao contrário do corpo do sr. Lydon, a caixa metálica não enferruja. Palavra de bloguista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário