segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SOL SOL SOL SOL SOL SOL SOL



Dan Snaith é um matemático. Nota-se pelo minucioso tratamento que dá ao Korg e à caixa de efeitos. Nota-se na energia filhadaputa do baterista que o acompanha como um metrónomo bem oleado. Nota-se nos números imaginários vulgo os outros dois gajos lá no fundo a tapar mais ou menos as fractais psicadélicas que vão surgindo. Nota-se quando, ao começar com Kaili, faz com que toda a gente de imediato desprenda os pés do chão e ceda o corpo às ondas de choque que se fazem sentir, o Lux a tremer como se num enorme terramoto, oito ponto dois à escala de Caribou.

Porque é de Caribou que se fala: do brilhante Swim, editado este ano, de temas como Found Out ou Bowls, do clássico instantâneo que foi/é Melody Day ou do imenso gingar drogado ali a inventar o Kanuckrock porque é fixe dar novos nomes às coisas de Sun, transformada em dez colossais minutos de dança e headbanging; foi o concerto que fechou o ano para os Caribou, foi o concerto que faltava a este ano onde tantas coisas boas passaram por cá. O sol quando nasce é realmente para todos.

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