terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Who loves the Sunn



Os Sunn O))) não são uma banda. São um terramoto. Julguei que aquela casa não aguentaria o vómito imenso que saiu dos amplificadores, mas aconteceu. Não obstante esta pequena desilusão sádica, bom espectáculo o proporcionado hoje na LX Factory. E digo "espectáculo" e não "concerto" porque é sobejamente (eish) mais interessante ver a forma como se apresentam em palco (minúsculo, rodeado de amplificadores, cheio de fumo, e ar de gregorianos do inferno) do que ouvir um acorde repetido à exaustão (também é giro). No meio de tudo, Attila Csihar: Deus absoluto entre vocalistas do metal extremo e agora também entre estilistas. Tocaram ao que parece três temas (houve duas pausas, por isso julgo terem sido três), a fórmula sempre a mesma: drones muitos, umas experiências no teclado ou no trombone, Attila. No final um agradecimento sentido gutural à multidão (negrume quase completo) e alguém levou para casa meia garrafa de vinho.

Antes de terminar, Eagle Twin. Falta-lhes algo em disco que têm ao vivo: violência. São dois, guitarrista e baterista, não precisam de mais. Saídos da herança dos Melvins, apresentaram um Sludge contínuo (algo raro, um concerto em que não haja pausas para aplausos), pesado sempre, proporcionaram os únicos momentos de headbanging da noite, obrigaram-me a sacar dos tampões logo nos primeiros 15 minutos. Isso, e porque sou um conas.

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